EUA x IRÃ: COMO ESSA GUERRA PODE IMPACTAR O SEU BOLSO | é hora de se proteger?
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O que aconteceu?
– O Irã nunca teve um bom relacionamento com os as grandes potências mundiais, porque acreditava-se que o país estava trabalhando para construir uma arma nuclear – enquanto que os países da ONU ao longo dos anos foram criando diversos tratados pra prevenir e diminuir o desenvolvimento de armas nucleares. Destaque pro tratado que fala sobre o banimento de armas nucleares feito na ONU em 2017.
– Como o Irã não parecia seguir esse mesmo passo, por 10 anos, países das Nações Unidas (ONU) impuseram restrições ao Irã, principalmente para pressionar o Irã a parar de desenvolver seu programa nuclear.
– Essas sanções prejudicaram a economia do Irã, que é o décimo maior produtor de petróleo do mundo e ficou impedido de vender petróleo e gás natural para certos países. Os custos dos alimentos e do combustível se elevaram, deteriorando o poder de compra da população.
– Em 2013, o presidente Hassan Rouhani concordou em reduzir suas atividades nucleares para acabarem com as sanções. Mas, mesmo assim, a economia continuou capengando e conflitos internos no Irã passaram a aparecer (e estes, contaram com um apoio moral do Trump e do Iraque).
– Em maio de 2018, Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear com o Irã. Trump disse que era “um acordo horrível e unilateral que nunca deveria ter sido feito”.
Então… qual o impacto de tudo isso na economia, no Brasil e no NOSSO BOLSO?
Na economia mundial: A região ali onde o Irã se encontra é uma região rica em petróleo. O principal problema seria se essa guerra chegasse ao estreito de Ormuz, o canal que conecta o Golfo Pérsico e o Oceano Índico e é uma das principais rotas mundiais de comércio de petróleo, incluindo as exportações do Irã, Iraque, Kuwait, Bahrein, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Se esse canal fosse fechado, isso ia impactar e muito o preço do petróleo, já que a produção de petróleo do Oriente Médio é 30% da produção mundial. Isso por enquanto não aconteceu, mas dado as instabilidades, o preço do petróleo no mercado (assim como o preço de reservas de valor como o ouro e o bitcoin) oscilaram bastante desde o conflito. O bitcoin mesmo chegou a saltar 20% no dia após o ataque dos EUA.
No Brasil: O Irã é um parceiro comercial importante para alguns setores da economia, especialmente, para o setor agrícola:
– 17% do milho exportado vai para o Irã
– 13% da carne bovina congelada exportada vai para o Irã
No caso de romper as relações econômicas entre o Brasil e o Irã (por conta do Brasil estar mais alinhado com os EUA), algumas empresas poderiam ser levemente afetadas:
Exportadoras de milho/carne: (JBS, Marfrig, Minerva, BRF, SLC Agricola)
Por outro lado, se o Irã fosse novamente impedido de exportar o seu petróleo, empresas do setor de energia (como a Petrobrás) poderiam se dar bem caso acontecesse uma alta do Petróleo, já que cerca de 27% da receita da petro em 2019 veio do mercado externo.
No seu bolso: A forma mais obvia de acontecer impacto é se você especulasse.
Tem gente que faz isso, e alguns perdem dinheiro enquanto outros ganham.
Mas aqui, a ideia é falar menos de especulação, pra falar do seguinte: como se proteger?
– Mais do que ganhar, temos que aprender a sobreviver (não perder).
Agora… como fazer isso?
Se vocês me acompanham o meu quadro do Rumo ao Bilhão, eu tenho uma metodologia de investimentos que se baseia em dividir meu capital em 4 classes de ativos:
25% em ações no Brasil
25% em ações nos Estados Unidos
25% em fundos imobiliários
25% em caixa
Veja que, aqui, além de ter o Brasil e o exterior, uma parte da minha carteira é justamente o caixa. O caixa é fundamental pra ter opcionalidade na carteira e pra dar um fator de sobrevivência a ela quando coisas inesperadas acontecem.